Quando você se vê envolvida com alguém que desperta seu interesse, sente como se toda a sua espontaneidade desaparecesse?
E aí começa o tormento interno do:
“O que eu preciso fazer para que o outro fique?”
Como se o vínculo dependesse de esforço, controle ou desempenho.
Deixa eu te contar uma coisa: isso pode ser um sinal de traumatização.
Ou seja, experiências do passado que continuam se atualizando no presente, fechando a porta para o futuro que você pode (e merece) viver.
O amor não vem com garantias, nem com manual de instruções.
Não é sobre “fazer”.
É sobre estar presente com quem você é — e não com quem acredita que precisa ser para agradar.
E então, onde tudo trava?
Provavelmente na ansiedade por agradar, uma resposta adaptativa do seu sistema, que nasce, muitas vezes, de feridas emocionais não reconhecidas.
Essas feridas costumam surgir em fases precoces do desenvolvimento — e, enquanto continuam abertas e doendo, pedem para serem vistas e cuidadas.
Não há nada de errado com você, é só o seu corpo emocional tentando sobreviver.
E como cuidar disso?
A relação terapêutica funciona como uma incubadora de vínculo seguro — um espaço onde essas feridas podem, finalmente, encontrar caminhos para cicatrizar.
E, a partir disso, você vai descobrindo algo poderoso:
Você pode estar com o outro sem precisar se deixar para trás.
E pode aprender — ou reaprender — o que talvez tenha faltado ou sido insuficiente anteriormente.
Esse é o caminho da autonomia emocional.
O medo de desagradar — e de não ser suficiente — pode fazer com que você se desconecte de si mesma para tentar manter os outros por perto. Sim, isso vale para todas as relações, não só para relacionamentos amorosos.
Mas é possível aprender a estar em relação sem se abandonar.
Isso acontece, pouco a pouco, em um espaço seguro como a psicoterapia.
Fez sentido?
Você já percebeu algo assim em você?


