Viver não é linear! Envolve experiências permeadas por trocas afetivas, escolhas, perdas, alegrias, mudanças, frustrações, vitórias, dúvidas, inseguranças, e por aí vai. Quando você se conhece e entende o seu modo de funcionamento, desenvolve autonomia para lidar com esses movimentos da melhor maneira possível para você, respeitando a sua singularidade e seus limites.
O espaço terapêutico é um ambiente seguro de autoinvestigação, escuta ativa e experimentação, onde você encontra suporte emocional para expressar o que sente – aprendendo a identificar e nomear suas emoções, à medida que toma contato com elas – compreendendo a natureza das suas dificuldades, ampliando a percepção de si mesma e ajustando a sua autoimagem para uma vida mais saudável. A psicoterapia te auxilia a ter segurança na tomada de decisões, e fazer escolhas assertivas de acordo com aquilo que é verdadeiro para você.
Somos seres complexos!
Quanto mais nos conhecemos, amplia-se nosso repertório para lidar com os fluxos naturais da vida, de um modo autêntico, mais leve e saudável.
A terapia não é apenas para momentos de crise, vulgo “apagar incêndio”. Tem função também de te ajudar a construir autonomia e caminhos possíveis, para que possa compreender como atravessar os desafios quando se apresentarem.
E vou além, arrisco dizer que, em tempos de era digital, sociedade do consumo, redes sociais etc., é ainda mais imprescindível. Desaprendemos a sabedoria natural do nosso sistema corpo-mente, e a maioria está “presa na Matrix”, ou seja, perdidas e anestesiadas em dinâmicas de comparação e consumo.
É na relação terapêutica que reencenamos nossas dinâmicas relacionais, e temos a possibilidade de ganhar consciência das repetições de padrões disfuncionais, para então poder elaborar e promover transformações.
Porém, fazer terapia é diferente de frequentar terapia. O que acontece no horário da sessão, é só o início, um treino. O verdadeiro trabalho acontece fora da sessão, lá na sua vida real!
É lá, na realidade, que você terá a oportunidade de experienciar – no jogo de verdade, como está se saindo. E isso inclui lidar com o desconforto das coisas “escapando de um suposto controle” onde sempre estiveram, e sustentar a travessia para além das suas resistências.
Devo dizer também que, o processo, assim como a vida, não é linear. Você vai avançar, cair e levantar diversas vezes, voltar lá no antigo padrão, se recriminar por isso, se acolher logo em seguida, e escolher continuar, apesar de todo o desconforto, medo, e total falta de garantias de que vai dar certo.
E sabe o que vai te fazer escolher continuar?
A constatação de que está funcionando, à medida que percebe pequenas mudanças que antes lhe pareciam impossíveis, e agora estão se tornando reais!
