O que o trauma tem a ver com seus relacionamentos?
Vem que eu te conto…
Antes de você seguir a leitura, quero te lembrar: cada pessoa é única e precisamos avaliar a história individualmente. Mesmo que você se identifique com algo do que vou trazer, saiba que isso não te define. São mecanismos adaptativos que um dia te ajudaram a sobreviver. E se hoje dificultam a fluidez da vida, saiba: tem jeito. Podemos cuidar disso.
Diferentes tipos de trauma podem impactar profundamente a forma como nos relacionamos conosco e com os outros. Mas, principalmente o trauma de desenvolvimento — que ocorre em fases precoces da vida — é um tipo especialmente ligado às relações, pois evidência os padrões de vínculo aprendidos.
Traumas não reconhecidos e nominados — especialmente os que envolvem vínculos primários — continuam atuando de maneira invisível.
Eles afetam a forma como você confia, se entrega, se protege… ou se distancia.
🌀 Abaixo, explico algumas pistas de como o trauma costuma “dar as caras” nos relacionamentos:
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Medo de intimidade.
Vulnerabilizar-se é sentido como algo muito ameaçador, que excede a sua capacidade de estar presente e confortável em relação, o que frequentemente a leva a racionalizar as escolhas amorosas, ainda que o faça de forma inconsciente. A pessoa quer se relacionar, mas ainda não é capaz de reconhecer que ela mesma, pode estar emocionalmente indisponível.
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Ansiedade por agradar
Dificuldade para se posicionar por medo da reação do outro, podendo negligenciar as suas próprias necessidades, camuflando o que sente de verdade e o que realmente quer, para manter a parceria ao seu lado. Pode apresentar indecisão severa, porque as escolhas precisam passar pela lente que informa “o que é certo escolher” em função do olhar do outro.
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A montanha russa emocional
Precisam constantemente de uma alta carga de ativação emocional, alternando entre emoções de intenso desconforto e intenso contentamento. É o briga, volta, curte, briga de novo, discute, ofende, fazem o famoso s3x0 de reconciliação, e segue o baile nesse ciclo infinito e desgastante. Se a relação se aquieta, podem perder o interesse. Sem intensidade “não tem graça”. A paz é percebida como tédio.
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A comparação e o autojulgamento
Críticas severas a si mesma e comparações constantes, condicionando o próprio valor à aprovação alheia, a partir de uma perspectiva irreal, balizada pelo que acredita que deveria ser — enquanto olha para fora mais do que para dentro. O bem-estar e o sofrimento emocional oscilam conforme a resposta do outro, o que fragiliza a autoestima e compromete o senso de identidade.
Esses são apenas alguns sinais de que, de alguma forma, o trauma pode ter atravessado essas histórias, fragmentando o eu autêntico — que hoje clama por reintegração.
Mas calma: tem jeito. 💛
Podemos cuidar disso.
Vamos juntas?
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