A linha que separa o cuidado do controle é tênue, e nem sempre facilmente identificável nas relações.
Cuidar é oferecer apoio e presença, estar ao lado, sem interferir ou responsabilizar-se pelo processo que é do outro. E isso inclui aceitá-lo como é, respeitando a sua singularidade e o seu tempo, sem querer resolver as coisas por ele.
Controlar é entrar na lacuna na vida deste outro, em que ele próprio tem falhas para se autogerenciar, e querer suprir esta demanda.
Cuidar é dar espaço para a expressão genuína.
Controlar é regular, limitar, exercer a função de contenção para que tudo saia “bem”, dentro do esperado.
Cuidar é mostrar-se disponível, mas esperar ser solicitado.
Controlar é atravessar a liberdade e autonomia do outro.