Não se iluda: não existe mudança rápida.
E eu vou te explicar por quê…
Buscar respostas rápidas pode ser muito tentador, mas também um mecanismo inconsciente para te parar. Você avança um pouquinho, mas sempre retorna para o mesmo ponto. O mergulho não ganha profundidade.
Existem inúmeras ferramentas de reprogramação mental (e sim, funcionam — só que parcialmente). Falo com conhecimento de causa, já que também sou hipnoterapeuta. Essas ferramentas podem ser muito úteis para estabilizar a pessoa em situações de crise, e, quando bem manejadas dentro do processo terapêutico, podem ser muito benéficas e bem-vindas, atuando inclusive como agente catalisador no processo, quando necessário. Mas sozinhas não fazem milagre.
Você provavelmente verá resultados — talvez até muito rápido — e ficará bastante animada. Porém, dura pouco.
Mas por que essas mudanças não se sustentam no tempo?
A resposta é concomitantemente simples e complexa: não adianta produzir um novo comportamento, se a pessoa não possui habilidades correspondentes para sustentá-lo. A autoimagem não é compatível. É preciso um aprendizado aí, e isso demanda tempo e alguém que possa servir de “incubadora” nesse processo (papel do terapeuta).
Somente quando o desenvolvimento é gradual e vai se firmando aos poucos, é que a nova base que está sendo construída pode se tornar sólida e capaz de sustentar mudanças no longo prazo.
Resumindo: não basta reprogramar e gerar um novo comportamento. A pessoa terá que ser capaz de:
✓Reconhecer e compreender conscientemente a origem do antigo padrão
✓ Identificar o novo comportamento
✓Aprender a diferenciar o antigo do novo
✓ Atravessar a “zona de confluência”
✓ Sustentar o novo, por meio de novas habilidades e musculatura emocional suficiente para edificar uma autoimagem congruente.
Isso tudo não se faz sozinha. É na relação terapêutica que se constrói. Não é mágica — é processo. E é possível para quem se dispõe.
Profundidade demanda tempo e paciência.
Você está pronta para iniciar essa jornada?


